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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Vergonhoso: Atualização do Google Maps leva usuários a erros

Serviço de mapeamento da gigante da internet tem falhas na hora de informar a localização de vias importantes do Rio

Sistema usa apenas o nome oficial de estradas, ruas e avenidas



Visualmente, a posição está correta, mas a indicação do bairro está errada: o Google Maps cita o Viaduto Saint Hilaire em Bonsucesso -
Foto: Reprodução da internet
Visualmente, a posição está correta, mas a indicação do bairro está errada: o Google Maps cita o Viaduto Saint Hilaire em Bonsucesso - Reprodução da internet

RIO - Não se deve confiar num mapa a ponto de esquecer que ele é apenas uma representação da realidade. A confiança excessiva na tecnologia pode resultar em armadilhas inesperadas. Isso pôde ser visto na recente atualização — de 11 de dezembro — do serviço Google Maps para o Rio de Janeiro, bíblia do direcionamento de usuários de tablets e smartphones. E isso em alguns endereços emblemáticos da terra carioca. Essa atualização finalmente traz a Via Binário do Porto, na Zona Portuária, inaugurada em 2 de novembro. Só que perdeu algumas das principais vias da cidade. O Túnel Rebouças não fica nem no Rio Comprido, nem no Cosme Velho nem no Humaitá — mas no Maracanã. O Túnel Zuzu Angel, na Gávea, pode ser encontrado em Campo Grande, onde há, na verdade, uma Rua Zuzu Angel.
Gasômetro sumiu
O Viaduto Saint Hilaire, que dá acesso ao Túnel Rebouças pelo Humaitá, foi parar em Bonsucesso. A Rua Humaitá surge em dois bairros: no que lhe dá nome e em Colégio, na Zona Norte do Rio. Já a Linha Vermelha (Avenida Presidente João Goulart) tem um trecho em Honório Gurgel, na Zona Norte. E a Ponte Rio-Niterói (oficialmente Ponte Presidente Costa e Silva), antes nos bairros Caju e Ilha da Conceição, aparece identificada no bairro de Paciência. E o Viaduto do Gasômetro, no Caju, sumiu.
Curiosamente, apenas os bairros estão errados. Os mapas não mudaram, nem as referências por GPS. A Ponte Rio-Niterói ainda cruza a Baía de Guanabara. O problema é a designação do bairro que o Google aplica aos pontos. A situação é tão insólita que o Maps informa que a Ponte fica, ao mesmo tempo, no mar (conforme a imagem) e em Paciência (endereço informado). Ao pedir uma rota da ponte até Paciência, o primeiro caminho planejado tem 73,1 quilômetros, já que o bairro fica do outro lado do Rio de Janeiro, e o motorista deve atravessar quase toda a Avenida Brasil. Outro trajeto sugerido é pela Rodovia Presidente Dutra e em seguida por vias internas de Comendador Soares e Cabuçu, numa rota de 86,9 quilômetros.
Apesar disso, os aplicativos de trânsito que usam os sistemas do Google Maps, como o VaiRio, do GLOBO, ou o Waze, que atualmente pertence ao Google, não foram afetados. A confusão também não chegou a influenciar o sistema de mapas do Centro de Operações Rio (COR), parcialmente baseado na ferramenta, afirma Pedro Junqueira, chefe-executivo do órgão:
— O Google é a base do nosso mapa. Nosso aplicativo, o Geoportal, pode ser visualizado de duas formas: com mapas do Google ou do Instituto Pereira Passos (IPP). Trabalhamos com essa duplicidade porque, geralmente, uma área está mais atualizada em um mapa que em outro. Por isso, a confusão do Google não chega a impactar nosso sistema.
Apelidos são ignorados
O serviço também patina por causa dos “apelidos” de algumas vias cariocas. A procura por Linha Vermelha encontra a “Estação Dom Pedro II”, em São Paulo, ou a “Rua Linha Vermelha Félix Cheim, Otton Marins, Espírito Santo”. Para encontrar a pista que liga o Centro à Baixada Fluminense é preciso digitar Via Expressa Presidente João Goulart, seu nome de batismo. Acontece o mesmo com a Radial Oeste, que, para o Google Maps, é uma avenida de Itajaí, Santa Catarina — e não a pista que margeia o Maracanã, batizada oficialmente (como o Google informa) Avenida Presidente Castelo Branco.
Em nota, o Google informa apenas que lançou no último dia 11 no Brasil seu projeto Ground Truth. Em seu blog, a empresa explica: “Com os dados do Ground Truth, podemos aprimorar o mapa de um país mais rapidamente, para que reflita o mundo em constante mudança”. Também foi relançado o Map Maker, com sua função “Informe um problema”, que permite que os usuários contribuam com informações.
Atualização pode demorar
A empresa afirma também que, antes das mudanças, usava a base de dados de um parceiro contratado. Agora utiliza informações oficiais, combinadas com imagens de satélites e do próprio Street View. E pede que os usuários colaborem com as localizações corretas, a fim de corrigir os problemas. Entretanto, segundo a empresa, “algumas atualizações podem levar até um mês”.
— O mundo está ficando colaborativo. Ninguém quer mais ser o sabedor de tudo (sozinho). Ao pedir para receber as informações dos usuários, o Google mostra que está tentando se atualizar — comenta Pedro Junqueira.
Não é a primeira vez que o Google Maps fica na berlinda. Quando começou a reforma na Zona Portuária, em 2011, o serviço mostrava imagens da região intactas, apesar de várias ruas estarem fechadas.

Mapa da Google é a vergonha Nacional no Brasil, pois todas as cidades tem problemas de mapeamento, então nunca confie nos mapas da Google.


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