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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Política : Vazar delação é desespero para 'mudar rumo' da eleição, diz ministro

Gilberto Carvalho comentou depoimentos de ex-dirigente da Petrobras.

Segundo revista, Paulo Roberto Costa citou nomes de políticos ao MPF.


Vazar delação é desespero para 'mudar rumo' da eleição, diz ministro
Gilberto Carvalho comentou depoimentos de ex-dirigente da Petrobras.
Segundo revista, Paulo Roberto Costa citou nomes de políticos ao MPF.
Felipe Néri e Mateus Rodrigues
Do G1, em Brasília


O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou neste domingo (7) que o vazamento de informações da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa é uma tentativa de "mudar o rumo" da campanha eleitoral. Na visão do auxiliar da presidente Dilma Rousseff, as denúncias que envolvem políticos da base governista não serão capazes de interferir no "destino da eleição".
"Acho que estão tentando usar essa delação premiada [de Paulo Roberto Costa], a notícia parcial de vazamento não confiável, para tentar, um pouco no desespero, mudar o rumo da campanha. Vazamento sempre é condenável, porque pode ter sido por advogado de réu para proteger algum réu e prejudicar outro", disse Carvalho ao final do desfile cívico-militar que celebrou, em Brasília, os 192 anos da proclamação da Independência.
Acho que estão tentando usar essa delação premiada [de Paulo Roberto Costa], a notícia parcial de vazamento não confiável, para tentar, um pouco no desespero, mudar o rumo da campanha"
Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria-Geral da Presidência
Reportagem da edição deste final de semana da revista "Veja" afirma que o ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal do petróleo revelou em depoimentos ao Ministério Público Federal (MPF), na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, que três governadores, seis senadores, um ministro e, pelo menos, 25 deputados federais foram beneficiados com pagamentos de propinas oriundas de contratos com fornecedores da estatal.
Segundo a publicação, Costa citou, entre outros políticos, os nomes da governadora Roseana Sarney (Maranhão) e dos ex-governadores Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco); do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Ciro Nogueira (PP-PI); e dos deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Cândido Vacarezza (PT-SP), Mário Negromonte (PP-BA) e João Pizzolatti (PP-SC). Os políticos mencionados na reportagem negam envolvimento no esquema de pagamento de propina na Petrobras.
A exemplo do que havia afirmado Dilma neste sábado (6), o titular da Secretaria-Geral afirmou que, antes de tomar qualquer providência, o governo precisa obter informações concretas sobre as declarações do ex-dirigente da Petrobras ao Ministério Público Federal.
"O governo não pode tomar conhecimento de uma denúncia que, insisto, por enquanto, é sem nenhuma comprovação, sem nenhum fundamento. O fato de uma pessoa ser mencionada sem nenhuma prova não pode nos levar a tomar nenhuma atitude", enfatizou.
"Não podemos julgar as pessoas enquanto não houver de fato a comprovação ou, no mínimo, a denúncia inteira, suas circunstâncias, seus aspectos, assim por diante", completou Carvalho.
Ao final do desfile da Independência em Brasília, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também comentou o caso, destacando que não é possível fazer “valoração”. “É importante que se faça investigação, que se esclareça. O inquérito corre em sigilo, portanto não se pode fazer nenhuma valoração a respeito [...]. A Polícia Federal, o Ministério Público, estão fazendo as apurações dentro daquilo que a lei determina”, disse.

O suposto esquema

Integrante da diretoria da Petrobras entre 2004 e 2012, Costa foi preso pela Polícia Federal (PF) durante as investigações da Operação Lava Jato, que revelou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. Devido às acusações, ele está preso no Paraná.
O ex-diretor da estatal do petróleo fez um acordo de delação premiada. Os depoimentos de Costa à PF têm ocorrido diariamente, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. A PF não revela o conteúdo dos depoimentos.
A reportagem de "Veja" não detalha o papel que cada um dos políticos mencionados por Costa teve na suposta fraude. O texto diz que, pelo acordo firmado com o Ministério Público Federal, o ex-dirigente teria se comprometido a detalhar o envolvimento de cada um dos políticos no esquema. A reportagem também afirma que os policiais federais e procuradores da República estimam que levará mais três semanas para o ex-diretor da Petrobras esgotar o que tem a dizer.
Outra informação relatada pela revista é de que Paulo Roberto Costa teria admitido pela primeira vez, durante os depoimentos da delação premiada, que as empreiteiras contratadas pela Petrobras tinham, obrigatoriamente, de contribuir para um caixa paralelo que era distribuído a partidos e políticos da base governista. O ex-diretor teria dito, informou "Veja", que cada partido tinha seu encarregado de fazer a intermediação com o esquema de corrupção.

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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

News : Justiça condena dona da Sadia e Perdigão a pagar R$ 1 milhão por trabalho degradante

Irregularidades iam de jornada excessiva a contaminação de água fornecida aos trabalhadores, segundo o Ministério Público; empresa alegou que atividades eram feitas por prestadora de serviços


Fátima Laranjeira - O Estado de S. Paulo

A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, foi condenada a pagar indenização no valor de R$ 1 milhão por ter submetido trabalhadores do Estado do Paraná a condições supostamente degradantes de trabalho. De acordo com o Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR), a decisão, do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, foi tomada por unanimidade. Em nota, a BRF nega veementemente ter tomado conhecimento das práticas irregulares durante o período de prestação de serviços da empresa, chamada SLS Reflorestadora, e afirma que já recorreu e aguarda julgamento de recurso.

No início de 2012, o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Umuarama (Paraná) constatou irregularidades trabalhistas na Fazenda Jaraguá, na cidade de Iporã. "Os problemas iam desde jornada excessiva e condições precárias dos alojamentos, até a contaminação da água fornecida aos trabalhadores para consumo", afirma o Ministério Público, em nota.

"A situação encontrada configura trabalho degradante, já que foram desrespeitados os diretos mais básicos da legislação trabalhista, causando repulsa e indignação, o que fere o senso ético da sociedade", afirmou no texto o procurador do trabalho responsável pelo caso, Diego Jimenez Gomes.

A BRF alegou que as atividades de reflorestamento eram feitas por empresa terceirizada, o que afastaria sua responsabilidade, afirmou o MPT. A Justiça do Trabalho, contudo, entendeu que a empresa deveria ser condenada porque também é responsável pela garantia de um ambiente de trabalho saudável.

Além do pagamento da indenização, a empresa deverá cumprir diversas obrigações aos trabalhadores quanto à higiene, saúde, segurança e medicina do trabalho, diz o MPT.

BRF. De acordo com a BRF, as acusações foram feitas contra a prestadora de serviços, a SLS Reflorestadora, e nunca contra a própria companhia. "Conforme consta de documentos públicos, a prestadora de serviços firmou Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público do Trabalho obrigando-se a não incorrer em tais práticas", afirma em nota.

Além disso, a BRF informa que "não tolera qualquer tipo de tratamento inadequado, antiético ou que contrarie as leis vigentes para relações trabalhistas". A empresa diz ainda que a pretensão do Ministério Público do Trabalho deveria ter sido dirigida à prestadora de serviços e não contra a BRF, pois a "companhia não praticou ou participou de qualquer ato irregular".

Notícias : Mulher Melão desafia Nicki Minaj e dispara: 'Sou a musa do fio-dental'

Com 100cm de bumbum, 14 a menos que a cantora norte-americana, a funkeira diz que já foi até expulsa de retiro espiritual por conta do biquíni.


Mulher Melão posa para o EGO (Foto: Marcos Ferreira/EGO)
Mulher Melão posa para o EGO e mostra que Nicki Minaj tem forte concorrência: "Sou a musa do fio-dental" (Foto: Marcos Ferreira/EGO)

Nunca antes na história da música pop se falou tanto em Nicki Minaj. Não propriamente pelo rap de boutique que a norte-americana faz. Mas pelos 114cm de quadrl que a moça tem colocado para jogo a cada aparição bombástica. Depois do minúsculo fio-dental com o qual apareceu no clipe de "Anaconda", Minaj ficou na mira das popozudas brasileiras. E como o bumbum nacional é de exportação, musas que chegaram à mídia por conta deste atributo não querem deixar que a gringa desvalorize nosso "produto interno bruto".
Caso de Renata Frisson, a Mulher Melão. Dona de 100cm de muita fartura - ela já teve 105cm - a funkeira desafia a rapper a mostrar que seu popozão é melhor que o dela. "Olha, nunca vi de perto para dizer se é de verdade ou não. Mas acho até meio desproporcional. Para mim, é meio óbvio que a Nicki Minaj andou bisbilhotando as funkeiras brasileiras. Ela viu que bumbum hipnotiza e quer fazer o mesmo com os gringos", avalia ela, que antes mesmo do verão das as caras, tem desfilado seus biquínis minúsculos pelas praias e redes sociais da vida: "Me aguardem. Neste verão serei a musa do fio-dental".

Nicki Minaj e Mulher Melão (Foto: Reprodução e EGO)Nicki Minaj e Mulher Melão: quem tem o melhor bumbum?
                                                       (Foto: Reprodução e EGO)

E de fio-dental, Melão entende. Tanto que por causa de um deles foi expulsa de um retiro espiritual. "Devia ter uns 15 anos na época, ainda era virgem. Ou seja, nem via maldade em nada. Fui para um encontro da igreja, em um acampamento no Espírito Santo. E lá tinha piscina. Coloquei meu fio-dental e fui nadar. Pra quê? Fui expulsa na hora. Foi um bafão. ", conta ela, quase inocente.
O microbiquíni já era motivo de confusão em casa. Desde criança, a funkeira de 27 anos, gostava de usar calcinhas ousadas."Meu pai odiava quando a família ia para a praia e eu lá com aquele biquininho. Ele dizia que se eu trocasse ele me dava presente. Mas eu nem ligava, Usava mesmo", recorda.
Com 1,63m, dez a menos que Nicki Minaj, e quilos que ela prefere não contabilizar, Melão conta que tira um dia da semana só para cuidar do bumbum: "Faço vários tratamentos com aparelhos de radiofrequência para deixá-lo durinho. Nunca injetei nada porque tenho medo. Cuido muito bem do meu patrimoniozinho", diz ela, modesta, que não tem um furinho de celulite sequer na região glútea: "Como disse, cuido muito bem. É a parte que os homens mais gostam em mim. E olha que fiquei conhecida pelos meus seios. Mas o bumbum não tem jeito. Todo mundo quer pegar nele. Homem e mulher só para ver se é de verdade".

Mulher Melão posa para o EGO (Foto: Marcos Ferreira/EGO)
Mulher Melão faz pose e causa com seu bumbum sem
traço algum de celulite (Foto: Marcos Ferreira/EGO)


Além dos tratamentos estéticos, sempre que pode, a funkeira está na academia. "Faço muitos exercícios de glúteos, mas nada como agachamento e quatro apoios. Quando não estou malhando, corro na areia foda da praia. Enrijece o bumbum que é uma loucura. A Nicki deveria tentar", enumera.
Apesar de desafiar a cantora no quesito derriére, Melão a coloca na lista de bundas top five. "Eu adorei o clipe dela, achei ousado como fazemos no Brasil. Mas não é o popozão mais bonito dos últimos tempos. Em primeiro vem Sabrina Sato, sequinha e com bunda de brasileira, ainda coloco também Juju Salimeni, Nicole Bahls, Rayane Moraes e a Nicki fechando a lista".

Mulher Melão posa para o EGO (Foto: Marcos Ferreira/EGO)
      Mulher Melão posa para o EGO (Foto: Marcos Ferreira/EGO)



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sábado, 23 de agosto de 2014

News : Paulo Roberto Costa decide fazer delação premiada

Ex-diretor da Petrobrás, preso pela Operação Lava Jato, vai falar tudo o que sabe de corrupção na estatal

Fausto Macedo e Andreza Matais 
O ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa decidiu fazer delação premiada. Acuado, na iminência de sofrer uma sucessão de condenações como réu da Operação Lava Jato, Costa considera que não tem a menor chance de sair da prisão tão cedo. Ele quer preservar seus familiares, que também se tornaram alvos da Lava Jato.
Horas antes de Costa se decidir por falar o que sabe de corrupção em negócios da Petrobrás, a Polícia Federal deflagrou a quinta fase da Lava Jato e vasculhou os endereços de 13 empresas de consultoria, gestão e assessoria, todas situadas no Rio e ligadas a uma filha, Ariana Azevedo Costa Bachmann, a um genro, Humberto Sampaio Mesquita, e a um amigo dele, Marcelo Barboza.
As buscas foram realizadas a pedido da Procuradoria da República, que apontou “vertiginoso acréscimo patrimonial” das empresas no período em que Costa foi diretor da Petrobrás (2004/2012). Após sua saída da estatal, verificou-se “decréscimo de receita” no caixa dessas empresas.
Ele não fez ainda nenhum depoimento. Nem o acordo foi assinado. Se falar o que sabe muitos políticos poderão ser incriminados. No período em que atuou na Petrobrás, manteve contatos com parlamentares, empreiteiros e também com o doleiro Alberto Youssef, mentor da Lava Jato, segundo a PF.

Foto: Fabio Motta/Estadão

Preso na sede da Superintendência Regional da PF em Curitiba (PR), ele se reuniu ontem com a advogada criminalista Beatriz Catta Preta. Na advocacia desde 1997, Beatriz é especialista na condução de delações premiadas.
A advogada já participou com êxito de pelo menos oito procedimentos dessa natureza. Em troca de informações à Justiça, os acusados por ela defendidos alcançaram o perdão ou significativa redução de pena. O caso mais célebre foi o da delação do investidor Lúcio Bolonha Funaro, durante o processo do mensalão federal.
Em nota, a criminalista observou. “Assumi o caso (de Paulo Roberto Costa) hoje (sexta-feira, 22). O acordo é um dos caminhos possíveis por ser meio de defesa previsto em lei. Vou me inteirar e analisar todas as possibilidades.”
Crivo. O acordo precisa ser submetido ao crivo do Ministério Público Federal e homologado pela Justiça Federal. Força-tarefa composta de seis procuradores, todos com ampla experiência em investigações sobre crimes financeiros, vai analisar o que Costa tem a oferecer e se isso justifica concessões. O ajuste traz as condições, inclusive o benefício que o acusado poderá receber. Celebrado o termo, o juiz homologa e aí começa a fase dos depoimentos.
Costa é réu em duas ações criminais conduzidas pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal no Paraná. Ele é acusado por lavagem de dinheiro desviado da Petrobrás e por suposta destruição de documentos. Outras ações deverão ser abertas. Se fizer delação pode neutralizar os efeitos de novas acusações.
Há algum tempo, ele vinha avaliando a possibilidade da delação. Mas ainda apostava em possível “virada de jogo” no Supremo Tribunal Federal, onde foi protocolada uma reclamação formal, por meio da qual seus antigos defensores sustentam que a competência para o caso é da Justiça Federal em São Paulo. O argumento é que as empresas citadas por lavagem ficam em São Paulo. Não deu certo.
Pesou na decisão de Costa o alerta de pessoas próximas de que poderá passar mais tempo atrás das grades que o operador do mensalão, Marcos Valério, condenado a 37 anos de prisão.


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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Negócios : A carne é forte

Como Joesley Batista, do grupo JBS, virou dono da mais poderosa empresa privada do País e o que seus concorrentes, como Marcos Molina, do Marfrig, estão fazendo para tentar alcançá-lo no bilionário mundo da proteína animal
MONTAGEM E EDIÇÃO DE IMAGEM: ARTNETDIGITAL

Imagine uma fusão entre a Volks e a Fiat, as duas maiores montadoras de automóveis instaladas no Brasil. Ou adicione todas as empresas de telefonia fixa do País, como Oi e Telefônica, e inclua ainda a Embratel. Numa terceira experiência, coloque no mesmo bolo as três maiores redes de supermercados – Walmart, Pão de Açúcar e Carrefour. Em qualquer alternativa, a soma dos faturamentos será menor do que o tamanho do grupo JBS Friboi, comandado pelo empresário Joesley Batista. Na semana passada, com duas aquisições, a do rival Bertin e a da empresa americana Pilgrim´s Pride, ele criou a maior empresa privada do Brasil, com 125 mil funcionários e uma receita bruta estimada em R$ 60,6 bilhões. Os números dos primeiros seis meses deste ano já a colocam até à frente da Vale, que foi afetada pela queda dos preços do minério de ferro. Hoje, à frente do grupo JBS, há apenas a estatal Petrobras. “E isso é só o começo”, disse Joesley à DINHEIRO. “Não vamos parar e estamos de olho em várias empresas em dificuldade.”


Tacada nos EUA: Pilgrim's Pride, que estava em concordata e é o segundo maior grupo do frango no mercado americano, agora é do JBS

O que surpreende, na história do JBS, é a velocidade exponencial de crescimento. Em apenas quatro anos, entre 2006 e 2009, o grupo terá crescido inacreditáveis 1.900%. E o foguete não foi o único do agronegócio brasileiro. Apenas um dia antes das aquisições anunciadas por Joesley, o grupo Marfrig, comandado por Marcos Molina, adquiriu, das mãos da americana Cargill, a Seara, uma grande processadora de aves e carnes suínas. Com isso, o Marfrig encostou na Brasil Foods – a companhia resultante da megafusão entre Sadia e Perdigão. Seu crescimento em quatro anos foi de 650% – mais modesto do que o do JBS, mas não menos surpreendente.“Agora a gente tem uma marca nacional para competir com eles”, disse Molina, aos analistas dos bancos de investimentos.
Os dois movimentos evidenciam a fantástica mudança do capitalismo nacional e também a nova posição do Brasil no contexto global. Até recentemente, o que se discutia era quando grandes empresas americanas de alimentos, como Tyson e Cargill, desembarcariam no Brasil, adquirindo marcas líderes, como Sadia ou Perdigão. E o que aconteceu foi o inverso – tendo como protagonistas atores improváveis. “O Brasil está cumprindo sua vocação histórica de ser o maior fornecedor de alimentos do mundo”, disse à DINHEIRO o economista Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central e membro do conselho do Marfrig. “E não se trata apenas de exportar commodities, mas, cada vez mais, produtos industrializados.”

Nos primeiros seis meses do ano, a receita somada do JBS alcançou R$ 29 bilhões e superou as vendas de R$ 23 bilhões da Vale, que foi afetada pela queda dos preços do minério de ferro


Vocação histórica


Até bem pouco tempo atrás, discutia-se quando as grandes empresas internacionais viriam ao País comprar marcas valiosas na área de alimentos. Hoje, o Brasil é quem tem nada menos que três entre as maiores empresas do setor – incluindo o líder JBS Friboi

Aquisições realizadas nos últimos quatro anos garantiram ao JBS Friboi salto de 1.900% no faturamento, o que é inédito na história dos grandes grupos empresariais brasileiros

A transformação teve início em 1999, quando a desvalorização do real abriu espaço para que os frigoríficos nacionais se tornassem exportadores. As empresas, que vinham de um setor marcado pela informalidade, conseguiram se capitalizar. E as vendas externas, que eram incipientes, chegaram a quase US$ 5 bilhões, dando ao Brasil a liderança do mercado mundial de carnes bovinas, à frente da Austrália e dos Estados Unidos. No meio do caminho, dois agentes importantes – governo e mercado – enxergaram o enorme potencial desse setor. De um lado, o BNDES entrou no capital de vários frigoríficos, incluindo o JBS e o Marfrig, dando a eles musculatura para aquisições internacionais. De outro, os bancos de investimento apostaram no lançamento de ações dessas empresas. Bem cotadas na Bovespa, as duas passaram a financiar suas operações de forma saudável – com trocas de ações e não por meio de endividamento. Para concluir a compra da Pilgrim´s Pride, o JBS fará um IPO na bolsa de Nova York. E o Marfrig pretende bancar a compra da Seara com a venda de mais um lote de ações na Bovespa.
FREDERIC JEAN
Família Bertin: eles serão minoritários no desenho da nova holding que controlará o grupo JBS Friboi

Uma das peças centrais nessa odisseia dos frigoríficos nacionais tem sido o ex-ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes. Enquanto esteve em Brasília, no governo Fernando Henrique, ele foi responsável pela expansão da agropecuária brasileira. Depois disso, passou a atuar como mascate, à frente da Abiec, a associação dos exportadores. E após colocar o Brasil na liderança do ranking global, ele foi chamado pelo JBS Friboi para assumir a presidência do conselho de estratégia do grupo, onde passou a vender a ideia de que, cada vez mais, o mundo precisará do Brasil para se alimentar. “Aquele sonho que eu tinha se realizou”, disse Pratini à DINHEIRO na semana passada, falando pelo celular num trem que ia de Liverpool a Londres. “A produção em massa, com escala global, será feita por empresas gigantes, e muitas delas brasileiras.” Hoje, entre as dez maiores empresas mundiais de alimentos, nada menos que três – JBS, Brasil Foods e Marfrig – são verde-amarelas.

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Economia : Criação de empregos formais tem pior mês de julho em 15 anos



Informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho.

Na parcial de janeiro a julho, criação de vagas recua 30,3%, para 632 mil.


carteira trabalho (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)
Criação de empregos formais caiu 71,5% em
julho frente a junho (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)

O Brasil criou 11.796 empregos com carteira assinada no mês de julho, informou o Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (21), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Isso representa uma queda de 71,5% frente ao mesmo mês do ano passado, quando foram abertas 41.463 vagas formais. Também foi o pior resultado para meses de julho desde 1999, quando foram abertas 8.057 vagas com carteira assinada, de acordo com o Ministério do Trabalho, que começou a divulgar dados do tipo em 1992.
"Acho que chegamos ao fundo do poço", declarou o ministro do Trabalho, Manoel Dias, acrescentando que agosto e setembro tendem a apresentar melhores resultados. Segundo ele, as medidas de estímulo ao crédito, anunciadas ontem pelo governo, contribuem para melhorar os números no futuro.
"O modelo adotado pelo nosso país na geração de empregos continua positivo. Estamos gerando positivamente número de empregos.Todas as análises são de que reduziu o número de pessoas que procura emprego. As pessoas atingiram média de rendimento de família que permite que a mulher volte a trabalhar em casa, que o estudante não precise trabalhar", disse.
632 mil vagas até julho deste ano
De janeiro a julho deste ano, foram criados 632.224 empregos formais, com queda de 30,3% frente ao mesmo período do ano passado, que registrou 907.214 vagas.
Também é o pior resultado para os sete primeiros meses do ano desde 2009, quando o país ainda enfrentava os efeitos da crise financeira internacional. Naquele período, as empresas contrataram 566.934 trabalhadores.
Citando dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o ministro Manoel Dias disse que o Brasil criou, até julho, mais empregos formais do que Austrália, Canadá, Chile, Israel, Japão e Holanda.
Os números de criação de empregos formais do acumulado de 2014, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo (até o mês de junho). Os dados de julho ainda são considerados sem ajuste.
Setores da economia
Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais nos sete primeiros meses deste ano, com 412.987 postos abertos, contra 384.190 no mesmo período do ano passado. O setor inclui trabalhadores como médicos, vendedores de lojas, manicures, corretores de imóveis, garçons e motoristas.
Evolução do emprego formal
Número de postos nos meses de julho
37.233202.033117.473154.357126.992203.218138.402181.796140.563142.49641.46311.796Jul/2003Jul/2004Jul/2005Jul/2006Jul/2007Jul/2008Jul/2009JUl/2010Jul/2011Jul/2012Jul/2013Jul/20140k50k100k150k200k250kJUl/2010
 em vagas: 181.796
Fonte: Caged/MTE

A indústria de transformação, como as refinarias de petróleo, foi responsável pela contratação de 30.507 trabalhadores com carteira assinada no mesmo período. De janeiro a julho do ano passado, a indústria abriu 198.332 vagas. O resultado até julho deste ano foi o pior desde 2009 (demissão de 120 mil trabalhadores pelo setor).
A construção civil, por sua vez, registrou a abertura 80.841 trabalhadores com carteira assinada de janeiro a julho deste ano, contra 146.638 vagas no mesmo período de 2013. Já o setor agrícola gerou 123.816 empregos nos sete primeiros meses deste ano, contra a abertura de 139.350 vagas no mesmo período de 2013.
O comércio fechou 50.065 vagas formais de janeiro a julho deste ano, contra 3.324 vagas fechadas nos sete primeiros meses de 2013.
Regiões do país
Segundo números oficiais, o emprego formal cresceu em quatro das cinco regiões do país nos sete primeiros meses deste ano. No período, a Região Sudeste abriu 338.832 empregos com carteira assinada e a Região Sul, 173.274.
A Região Centro-Oeste foi responsável pela abertura de 101.156 postos formais de emprego de janeiro a julho deste ano, enquanto que a Região Norte teve a abertura de 29.589 postos de trabalho com carteira assinada. A Região Nordeste, por sua vez, registrou o fechamento de 10.627 empregos com carteira nos sete primeiros meses deste ano.


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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Copa : Papa argentino x Papa alemão

Pode-se dizer que há uma Copa do Mundo à parte, apenas com brincadeiras na internet. Tão logo a Argentina passou pela Holanda nos pênaltis e se classificou para a final contra a Alemanha, a grande rede foi espaço para montagens criativas. O alvo principal? O Vaticano. Afinal, o Papa Francisco, argentino, herdou o posto do alemão Ratzinger (Bento XVI) no ano passado, e as diferenças provocaram brincadeiras como essas que podem ser vistas abaixo.

Papa Argentina x Alemanha
Papa Argentina x Alemanha

Papa Argentina x Alemanha


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terça-feira, 24 de junho de 2014

Copa do mundo no Brasil

           World Cup Brasil 2014.                                 Brasil 4 x 1 Camarões 









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