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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Política : 'Acordamos todos'

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'Acordamos todos'

Ou melhor: foram despertados a chacoalhões de um sono profundo que os impedia de ver que o Brasil não comporta mais certas práticas políticas

“Acordamos todos que não há a menor condição de, pelo menos patrocinado pelo presidente da Câmara e do Senado, levar adiante essa proposta”, disse Michel Temer ontem sobre a proposta de anistia ao caixa 2, no momento mais revelador da entrevista concedida ao lado dos presidentes do Legislativo.
De fato, parecem ter acordado. Ou melhor: foram despertados a chacoalhões de um sono profundo que os impedia de ver que o Brasil não comporta mais certas práticas políticas.
Temer teve de praticamente enquadrar os presidentes do Senado e da Câmara e dizer que, caso não concordassem, prometeria vetar a anistia que ajudavam a patrocinar.
Diante da decisão de Temer – a partir de pesquisas que mostravam a rápida corrosão de sua já parca popularidade diante dos casos Geddel e caixa 2 – só restou a Rodrigo Maia e Renan Calheiros mostrarem suas piores caras na TV e admitir que abortariam o que até sexta-feira negavam estar em curso.

E haja mesóclise. “Poder-se-á dizer: só agora vocês pensaram nisso?”, perguntou Temer. Responder-se-á: sim, só quando a corda apertou.

Política
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GRAVAÇÕES

Governo estuda processo contra Marcelo Calero

O governo aguarda a perícia da Polícia Federal nas gravações feitas por Marcelo Calero para decidir se processa o ex-ministro da Cultura com base na Lei de Segurança Nacional e no código de conduta do funcionalismo. A qualidade ruim dos áudios não permite atestar como foram gravadas as conversas.

O QUE PEGA?

EUA querem que Odebrecht prove capacidade de pagar

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O SUBSTITUTO

Rogério Rosso é mais cotado para o lugar de Geddel

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TERTIUS

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SOPÃO

Em campanha, Alckmin institui a ‘canja política’ das sextas-feiras

Fiel ao estilo caipira, o governador Geraldo Alckmin vem firmando uma tradição peculiar para angariar apoios ao seu voo presidencial: recebe aliados e candidatos a aliados para uma canja às sextas-feiras no Palácio dos Bandeirantes. O hábito tem atraído tucanos e filiados a outros partidos e geralmente termina com a contação dos famosos “causos” do tucano.

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