Paralisação, que será por tempo indeterminado, não afetará os aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília; categoria pede melhores condições salariais
RIO e BRASÍLIA - O Sindicato Nacional de Aeroportuários (Sina) informou nesta terça-feira, 30, que funcionários da Infraero responsáveis pelas operações de solo nos aeroportos do País entram em greve a partir desta quarta-feira, dia 31. A paralisação é por tempo indeterminado e a previsão é que, pelo menos, 70% dos 13 mil funcionários participem do movimento.
A greve abrangerá os 63 aeroportos administrados pela Infraero, mas não envolverá os terminais que foram recentemente concedidos à iniciativa privada(Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e Brasília).
Segundo o sindicato, a categoria está em negociação por melhores condições salariais desde abril, sem sucesso. A principal reivindicação é um reajuste de 16% nos salários e mais benefícios, como auxílio-creche. Samuel Santos, diretor do Sina, explica que a Infraero oferece 6,49%.
Segundo os sindicalistas, os funcionários trabalham com salários atrasados e tiveram benefícios de assistência médica reduzidos. Em diversos terminais, o sindicato realizará assembleias extraordinárias para discutir a pauta de reivindicações.
A Infraero nega as acusações de atraso nos salários e corte de benefícios e afirma que está em negociação com a categoria. Em nota, a empresa estatal também afirma que já tem preparado um plano de contingência "para manter os serviços essenciais e a operacionalidade dos aeroportos, a fim de que não haja impacto".
O plano consistiria no remanejamento de funcionários de outros setores ou fora de escala para reforçar as equipes nos horários de pico dos aeroportos.
Outros pontos que preocupam a categoria, diz Santos, envolvem piora no plano de saúde dos funcionários e também um recálculo na distribuição da participação nos lucros. "Temos informações de que há diretores que receberam até R$ 30 mil de participação nos lucros", afirma, lembrando que, em posição oposta, alguns funcionários receberam apenas R$ 300.
Empresas. A expectativa é que a paralisação não provoque grandes impactos nem para as maiores companhias aéreas do mercado doméstico nem para as concessionárias.
A Gol afirmou, em nota, que coordena ações de contingência em conjunto com as autoridades e administradores aeroportuários. A companhia recomenda que os passageiros realizem antecipadamente o check-in pela internet ou pelo celular e cheguem com antecedência no aeroporto.
TAM e Azul informaram que suas ações devem se limitar a acompanhar a situação dos aeroportos durante o protesto e informar os clientes sobre qualquer alteração nos voos.
Publiciade
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Lama e falta de planejamento alteram principais eventos do papa no Brasil
Lamaçal em que se transformou o Campus Fidei, onde seriam realizadas a vigília e a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude, na zona oeste do Rio, causou a transferência dos eventos para Copacabana
RIO - O lamaçal em que se transformou o Campus Fidei, área onde seriam realizadas a vigília e a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude em Guaratiba, na zona oeste do Rio, levou os organizadores e a prefeitura a transferir os eventos para Copacabana, bairro da zona sul que já recebeu as primeiras cerimônias da JMJ. O Estado adiantou quarta-feira, 24, que a área já sofria com as chuvas e a programação poderia sofrer alterações.
A mudança obriga a prefeitura a reorganizar as estruturas de transporte, segurança e atendimento médico, e aumenta as dúvidas sobre a capacidade para organizar grandes eventos. Esse foi o terceiro contratempo enfrentado pela organização da Jornada desde que o papa chegou à cidade. Primeiro, houve um erro de trajeto, que deixou o pontífice preso em um congestionamento, na segunda-feira. No dia seguinte, uma pane no metrô e a superlotação do transporte público dificultaram o deslocamento dos peregrinos que foram à abertura oficial em Copacabana.
Por causa da mudança anunciada na quinta-feira, 25, foram descartadas duas etapas da programação: a peregrinação (uma caminhada de 13 km para chegar ao Campus Fidei) e a vigília que duraria a noite inteira, entre o sábado e o domingo. Agora, a programação será interrompida no sábado, após a Vigília de Oração com o papa Francisco (que começará às 19h30 de sábado), e retomada às 10h de domingo, quando o pontífice vai celebrar a missa de encerramento. Essas cerimônias ocorrerão no mesmo palco onde Francisco esteve na noite de quinta.
Embora a região de Guaratiba seja constantemente úmida e sujeita a alagamentos, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), não considerou um erro a escolha do local. "Não podemos avaliar este evento como os outros", disse. Ele também ressaltou não ter "problemas em admitir nossos erros (citando as falhas no trajeto do papa e no sistema de transporte)". E citou a imprevisibilidade do clima, dizendo que, neste período do ano, o principal problema da cidade costuma ser a seca.
Dom Paulo Cesar Costa, bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio, admitiu que a mudança na programação frustrou o papa Francisco. "É uma dor muito grande (transferir o evento de Guaratiba), por todo o trabalho que fizemos por lá", disse. Mas, ao saber dos problemas, "o papa apoiou a mudança".
Prejuízo. Dom Paulo afirmou que ainda não sabe quanto foi gasto para preparar o Campus Fidei. Guaratiba foi escolhida em 2012. Além do grande espaço livre, pesou na escolha o fato de a Igreja querer promover parte da JMJ em uma área pobre do Rio. O terreno do Campus Fidei tem 2 milhões de m² e foi cedido gratuitamente por seus donos, entre eles Jacob Barata Filho, dono de empresas de ônibus.
Em troca, os donos se beneficiaram com obras de terraplanagem e de infraestrutura feitas no entorno. Paes afirmou que o único gasto da prefeitura foi com a dragagem dos rios de Guaratiba. Os outros gastos foram do Comitê Organizador Local, disse. "Mas não vou transformar a visita do papa em um jogo de contabilidade, de ganhos econômicos."
RIO - O lamaçal em que se transformou o Campus Fidei, área onde seriam realizadas a vigília e a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude em Guaratiba, na zona oeste do Rio, levou os organizadores e a prefeitura a transferir os eventos para Copacabana, bairro da zona sul que já recebeu as primeiras cerimônias da JMJ. O Estado adiantou quarta-feira, 24, que a área já sofria com as chuvas e a programação poderia sofrer alterações.
A mudança obriga a prefeitura a reorganizar as estruturas de transporte, segurança e atendimento médico, e aumenta as dúvidas sobre a capacidade para organizar grandes eventos. Esse foi o terceiro contratempo enfrentado pela organização da Jornada desde que o papa chegou à cidade. Primeiro, houve um erro de trajeto, que deixou o pontífice preso em um congestionamento, na segunda-feira. No dia seguinte, uma pane no metrô e a superlotação do transporte público dificultaram o deslocamento dos peregrinos que foram à abertura oficial em Copacabana.
Por causa da mudança anunciada na quinta-feira, 25, foram descartadas duas etapas da programação: a peregrinação (uma caminhada de 13 km para chegar ao Campus Fidei) e a vigília que duraria a noite inteira, entre o sábado e o domingo. Agora, a programação será interrompida no sábado, após a Vigília de Oração com o papa Francisco (que começará às 19h30 de sábado), e retomada às 10h de domingo, quando o pontífice vai celebrar a missa de encerramento. Essas cerimônias ocorrerão no mesmo palco onde Francisco esteve na noite de quinta.
Embora a região de Guaratiba seja constantemente úmida e sujeita a alagamentos, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), não considerou um erro a escolha do local. "Não podemos avaliar este evento como os outros", disse. Ele também ressaltou não ter "problemas em admitir nossos erros (citando as falhas no trajeto do papa e no sistema de transporte)". E citou a imprevisibilidade do clima, dizendo que, neste período do ano, o principal problema da cidade costuma ser a seca.
Dom Paulo Cesar Costa, bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio, admitiu que a mudança na programação frustrou o papa Francisco. "É uma dor muito grande (transferir o evento de Guaratiba), por todo o trabalho que fizemos por lá", disse. Mas, ao saber dos problemas, "o papa apoiou a mudança".
Prejuízo. Dom Paulo afirmou que ainda não sabe quanto foi gasto para preparar o Campus Fidei. Guaratiba foi escolhida em 2012. Além do grande espaço livre, pesou na escolha o fato de a Igreja querer promover parte da JMJ em uma área pobre do Rio. O terreno do Campus Fidei tem 2 milhões de m² e foi cedido gratuitamente por seus donos, entre eles Jacob Barata Filho, dono de empresas de ônibus.
Em troca, os donos se beneficiaram com obras de terraplanagem e de infraestrutura feitas no entorno. Paes afirmou que o único gasto da prefeitura foi com a dragagem dos rios de Guaratiba. Os outros gastos foram do Comitê Organizador Local, disse. "Mas não vou transformar a visita do papa em um jogo de contabilidade, de ganhos econômicos."
Maior evento do papa muda por falha no planejamento
CAPA DO DIA: esse é o destaque do jornal nesta sexta-feira. Último evento com papa precisou ser alterado por causa de lamaçal causado pela chuva. FALTOU O PADRÃO : F I F A
CNI/IBOPE: Popularidade do governo Dilma estabiliza em 31%
Após a aprovação cair desde as manifestações de junho, o quadro, agora, mostra que a petista permanece estável
BRASÍLIA - Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira, 25, revela que a avaliação do governo Dilma Rousseff foi de 55% (da sondagem anterior, de junho) para 31%. Pesquisas anteriores — do Ibope/Estadão e Datafolha — já tinham captado a queda brusca da popularidade da presidente após as manifestações de junho que tomaram conta do País.
No Datafolha, a queda de popularidade foi de 21 pontos porcentuais (de 51% para 30%). No Ibope, de 28 pontos (de 58% para 30%). O quadro, nesta sondagem CNI/Ibope, mostra que a petista segue estável no patamar de aprovação em torno de 30%, quando são considerados os cenários destas pesquisas recentes anteriores.
BRASÍLIA - Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira, 25, revela que a avaliação do governo Dilma Rousseff foi de 55% (da sondagem anterior, de junho) para 31%. Pesquisas anteriores — do Ibope/Estadão e Datafolha — já tinham captado a queda brusca da popularidade da presidente após as manifestações de junho que tomaram conta do País.
No Datafolha, a queda de popularidade foi de 21 pontos porcentuais (de 51% para 30%). No Ibope, de 28 pontos (de 58% para 30%). O quadro, nesta sondagem CNI/Ibope, mostra que a petista segue estável no patamar de aprovação em torno de 30%, quando são considerados os cenários destas pesquisas recentes anteriores.
Segundo análise feita pelo instituto, a queda em relação à sondagem anterior, feita em junho, foi reflexo combinado das manifestações e do aumento dos preços.
A perda de 24 pontos porcentuais de Dilma coincidiu com o aumento de quem considera o governo "ruim ou péssimo", categoria que subiu de 13% para 31%. Ao todo, 37% dos entrevistados consideram o governo da presidente "regular".
O desgaste de popularidade da presidente Dilma também se refletiu na comparação com o governo anterior, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela primeira vez no atual governo, o porcentual de pessoas que considera a gestão Dilma pior do que a de Lula foi a mais escolhida entre as opções apresentadas. Entre os entrevistados, 46% afirmaram de consideram a gestão Dilma pior do que a de Lula, ante 25% em junho.
Áreas de atuação. A avaliação do governo Dilma por área de atuação mostrou que a saúde é tem o pior desempenho, de acordo com o levantamento. A área foi assinalada por 71% dos entrevistados. Segurança pública aparece em segundo lugar, com 40%, seguida por educação, com 37%. O combate às drogas aparece na quarta colocação, seguido por combate à corrupção.
Habitação é a área em que o governo federal apresenta melhor desempenho, com 28%. A segunda área é fome e miséria, com 23%, seguida por capacitação profissional, com 22% das respostas.
A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 12 de julho. Foram entrevistadas 7.686 pessoas em 434 municípios brasileiros. Essa é a primeira pesquisa do CNI/Ibope que capta o impacto das recentes manifestações na popularidade da presidente.
Papa critica ‘pacificação’ de favelas e desigualdade e dá apoio a manifestantes
Em visita à comunidade de Varginha, no Rio, Francisco fez um dos discursos de cunho social mais importantes de seu pontificado
RIO - O papa Francisco atacou a estratégia de "pacificação" das favelas no Rio de Janeiro, alertando que, enquanto a desigualdade social não for resolvida, "não há paz duradoura". Nesta quinta-feira, 25, em plena Favela da Varginha, no Rio, ele fez um dos discursos de cunho social mais importantes de seu pontificado e convocou os jovens a continuar pressionando por melhorias, em um sinal de seu apoio aos manifestantes que tomaram as ruas do Brasil desde junho.
O papa ainda completou: a grandeza de uma nação só pode ser medida a partir de como ela trata seus pobres, numa referência indireta à insistência do governo de vender o Brasil como uma das maiores economias do mundo e, ao mesmo tempo, não dar uma solução às suas favelas.
RIO - O papa Francisco atacou a estratégia de "pacificação" das favelas no Rio de Janeiro, alertando que, enquanto a desigualdade social não for resolvida, "não há paz duradoura". Nesta quinta-feira, 25, em plena Favela da Varginha, no Rio, ele fez um dos discursos de cunho social mais importantes de seu pontificado e convocou os jovens a continuar pressionando por melhorias, em um sinal de seu apoio aos manifestantes que tomaram as ruas do Brasil desde junho.
O papa ainda completou: a grandeza de uma nação só pode ser medida a partir de como ela trata seus pobres, numa referência indireta à insistência do governo de vender o Brasil como uma das maiores economias do mundo e, ao mesmo tempo, não dar uma solução às suas favelas.
Francisco chega a reconhecer os avanços sociais promovidos pelo governo. Mas alerta que isso ainda não é suficiente e que a pacificação de favelas, como a que ele visita, não pode ser feita com armas. "Quero encorajar os esforços que a sociedade brasileira tem feito para integrar todas as partes do seu corpo, incluindo as mais sofridas e necessitadas, através do combate à fome e à miséria", disse.
Pacificação. "Nenhum esforço de pacificação será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma", declarou ainda o papa durante o discurso. E alertou: "Uma sociedade assim simplesmente empobrece a si mesma, perde algo de essencial para si mesma."
O papa disse ainda que "somente quando se é capaz de compartilhar é que se enriquece de verdade". "Tudo aquilo que se compartilha se multiplica. A medida da grandeza de uma sociedade é dada pelo modo como esta trata os mais necessitados, que não tem outra coisa senão a sua pobreza."
Manifestações. Ele ainda manifestou seu apoio a todos aqueles no Brasil que lutam por mudanças sociais, em uma referência aos protestos que ganharam as ruas do País desde junho.
Atacando a corrupção e o fato de a periferia ser abandonada por políticos, o papa deixou claro que a Igreja vai apoiar o movimento mais amplo de exigências por melhorias. Fontes no Vaticano confirmaram ao Estado que essa foi a forma pela qual o papa optou por lançar seu recado aos manifestantes. A opção foi a de evitar a palavra "protestos", mas ainda assim fazer um apelo para que a pressão contra a classe dirigente continue.
"Aqui, como em todo o Brasil, há muitos jovens", disse. "Vocês possuem uma sensibilidade especial frente às injustiças, mas muitas vezes se desiludem com notícias que falam de corrupção, com pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio beneficio", declarou.
"Também para vocês e para todas as pessoas eu repito: nunca desanimem, não percam a confiança", insistiu. "A realidade pode mudar, o homem pode mudar."
Francisco ainda apelou à população que não se deixa "acostumar ao mal, mas a vencê-lo". O papa ainda garantiu: "Vocês não estão sozinhos, a Igreja está com vocês, o papa está com vocês".
Às autoridades, o apelo foi para que "trabalhem por um mundo mais justo". "Ninguém pode permanecer insensível às desigualdades que ainda existem no mundo", disse. "Não é a cultura do egoísmo, do individualismo, que regula nossa sociedade. Mas sim a cultura da solidariedade", insistiu.
Educação. O papa ainda aproveitou seu discurso na favela para voltar a defender alguns dos pilares do dogma da Igreja: a família e a vida, "que deve ser sempre tutelado e promovido".
O papa pediu uma educação de qualidade e com valores, e não apenas um sistema que tem como metas "uma simples transmissão de informações com o fim de gerar lucros".
Leia a íntegra do discurso do papa Francisco na Favela da Varginha:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Que bom poder estar com vocês aqui! Desde o início, quando planejava a minha visita ao Brasil, o meu desejo era poder visitar todos os bairros deste País. Queria bater em cada porta, dizer "bom dia", pedir um copo de água fresca, beber um "cafezinho", não um copo de cachaça, falar como a amigos de casa, ouvir o coração de cada um, dos pais, dos filhos, dos avós... Mas o Brasil é tão grande! Não é possível bater em todas as portas! Então escolhi vir aqui, visitar a Comunidade de vocês que hoje representa todos os bairros do Brasil. Como é bom ser bem acolhido, com amor, generosidade, alegria! Basta ver como vocês decoraram as ruas da Comunidade; isso é também um sinal do carinho que nasce do coração de vocês, do coração dos brasileiros, que está em festa! Muito obrigado a cada um de vocês pela linda acolhida! Agradeço a Dom Orani Tempesta e ao casal Rangler e Joana pelas suas belas palavras.
Desde o primeiro instante em que toquei as terras brasileiras e também aqui junto de vocês, me sinto acolhido. E é importante saber acolher; é algo mais bonito que qualquer enfeite ou decoração. Isso é assim porque quando somos generosos acolhendo uma pessoa e partilhamos algo com ela - um pouco de comida, um lugar na nossa casa, o nosso tempo - não ficamos mais pobres, mas enriquecemos. Sei bem que quando alguém que precisa comer bate na sua porta, vocês sempre dão um jeito de compartilhar a comida: como diz o ditado, sempre se pode "colocar mais água no feijão"! Se pode colocar mais água no feijão? Sempre? E vocês fazem isto com amor, mostrando que a verdadeira riqueza não está nas coisas, mas no coração!
E povo brasileiro, sobretudo as pessoas mais simples, pode dar para o mundo uma grande lição de solidariedade, que é uma palavra frequentemente esquecida ou silenciada, porque é incômoda. Quase parece um palavrão: solidariedade. Queria lançar um apelo a todos os que possuem mais recursos, às autoridades públicas e a todas as pessoas de boa vontade comprometidas com a justiça social: Não se cansem de trabalhar por um mundo mais justo e mais solidário! Ninguém pode permanecer insensível às desigualdades que ainda existem no mundo! Cada um, na medida das próprias possibilidades e responsabilidades, saiba dar a sua contribuição para acabar com tantas injustiças sociais! Não é a cultura do egoísmo, do individualismo, que frequentemente regula a nossa sociedade, aquela que constrói e conduz a um mundo mais habitável, não é, mas sim a cultura da solidariedade, a cultura da solidariedade; ver no outro não um concorrente ou um número, mas um irmão, e todos nós somos irmãos.
Quero encorajar os esforços que a sociedade brasileira tem feito para integrar todas as partes do seu corpo, incluindo as mais sofridas e necessitadas, através do combate à fome e à miséria. Nenhum esforço de "pacificação" será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma. Uma sociedade assim simplesmente empobrece a si mesma; antes, perde algo de essencial para si mesma. Não deixemos entrar no nosso coração a cultura do descartável, porque nós somos irmãos, ninguém é descartável. Lembremo-nos sempre: somente quando se é capaz de compartilhar é que se enriquece de verdade; tudo aquilo que se compartilha se multiplica! Pensemos na multiplicação dos pães de Jesus. A medida da grandeza de uma sociedade é dada pelo modo como esta trata os mais necessitados, quem não tem outra coisa senão a sua pobreza!
Queria dizer-lhes também que a Igreja, «advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas, que clamam ao céu» (Documento de Aparecida, 395), deseja oferecer a sua colaboração em todas as iniciativas que signifiquem um autêntico desenvolvimento do homem todo e de todo o homem. Queridos amigos, certamente é necessário dar o pão a quem tem fome; é um ato de justiça. Mas existe também uma fome mais profunda, a fome de uma felicidade que só Deus pode saciar. Fome de dignidade. Não existe verdadeira promoção do bem-comum, nem verdadeiro desenvolvimento do homem, quando se ignoram os pilares fundamentais que sustentam uma nação, os seus bens imateriais: a vida, que é dom de Deus, um valor que deve ser sempre tutelado e promovido; a família, fundamento da convivência e remédio contra a desagregação social; a educação integral, que não se reduz a uma simples transmissão de informações com o fim de gerar lucro; a saúde, que deve buscar o bem-estar integral da pessoa, incluindo a dimensão espiritual, que é essencial para o equilíbrio humano e uma convivência saudável; a segurança, na convicção de que a violência só pode ser vencida a partir da mudança do coração humano.
Queria dizer uma última coisa, uma última coisa. Aqui, como em todo o Brasil, há muitos jovens. Vocês, queridos jovens, possuem uma sensibilidade especial frente às injustiças, mas muitas vezes se desiludem com notícias que falam da corrupção, com pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio benefício. Também para vocês e para todas as pessoas repito: nunca desanimem, não percam a confiança, não deixem que se apague a esperança. A realidade pode mudar, o homem pode mudar. Procurem ser vocês os primeiros a praticar o bem, a não se acostumarem ao mal, mas a vencê-lo. A Igreja está ao lado de vocês, trazendo-lhes o bem precioso da fé, de Jesus Cristo, que veio «para que todos tenham vida, e vida em abundância» (Jo 10,10).
Hoje a todos vocês, especialmente aos moradores dessa Comunidade de Varginha, quero dizer: Vocês não estão sozinhos, a Igreja está com vocês, o papa está com vocês. Levo a cada um no meu coração e faço minhas as intenções que vocês carregam no seu íntimo: os agradecimentos pelas alegrias, os pedidos de ajuda nas dificuldades, o desejo de consolação nos momentos de tristeza e sofrimento. Tudo isso confio à intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Mãe de todos os pobres do Brasil, e com grande carinho lhes concedo a minha bênção. Obrigado!
Fiéis lotam Copacabana em cerimônia com o papa
Milhares de fiéis compareceram à praia de Copacana nesta quinta-feira, 25, onde o papa Francisco fez sua primeira participação oficial na Jornada Mundial da Juventude. Francisco chegou às 17h15 horas no Forte de Copacabana e desfilou pela avenida Atlântica no papamóvel até o palco no Leme. Lá, foi celebrada a cerimônia de Acolhida, com público estimado em mais de 1,5 milhão de pessoas. Em seu discurso, o pontífice apelou aos jovens para que valorizem a espiritualidade e elogiou os peregrinos que resistiram ao mal tempo para participar do evento. "Sempre ouvi dizer que os cariocas não gostam do frio e da chuva, mas vocês estão mostrando que a fé de vocês é mais forte do que o frio e a chuva", disse.
Na tarde desta quinta-feira, a organização do evento confirmou que a vigília e a missa de encerramento da Jornada serão transferidas de Guaratiba, na zona oeste do Rio, para Copacabana. O terreno de Guaratiba, onde já estava montado o palco, ficou enlameado por causa das chuvas que atingem a cidade desde terça-feira.
No quarto dia da viagem, o papa visitou a Favela da Varginha, na zona norte do Rio, onde criticou a estratégia de "pacificação" das favelas e cobrou ações das autoridades contra a desigualdade social. Antes, participou de cerimônia na Prefeitura do Rio, na qual recebeu as chaves da cidade e abençoou as bandeiras dos Jogos de 2016. À tarde, encontrou com 5 mil argentinos na Catedral Metropolitana.
Na tarde desta quinta-feira, a organização do evento confirmou que a vigília e a missa de encerramento da Jornada serão transferidas de Guaratiba, na zona oeste do Rio, para Copacabana. O terreno de Guaratiba, onde já estava montado o palco, ficou enlameado por causa das chuvas que atingem a cidade desde terça-feira.
No quarto dia da viagem, o papa visitou a Favela da Varginha, na zona norte do Rio, onde criticou a estratégia de "pacificação" das favelas e cobrou ações das autoridades contra a desigualdade social. Antes, participou de cerimônia na Prefeitura do Rio, na qual recebeu as chaves da cidade e abençoou as bandeiras dos Jogos de 2016. À tarde, encontrou com 5 mil argentinos na Catedral Metropolitana.
Imprensa internacional destaca título do Galo: 'Ronaldinho faz história'
Camisa 10 é protagonista nas manchetes esportivas por todo o mundo
O inédito título do Atlético-MG na Taça Libertadores ganhou destaque em boa parte da imprensa esportiva internacional. E o personagem escolhido para as manchetes de sites de todo o mundo foi Ronaldinho Gaúcho, que adicionou uma nova conquista a seu vasto currículo.
- Ronaldinho faz história com o Mineiro - destacou sobre o Atlético-MG o "Mundo Deportivo", de Barcelona, onde o brasileiro brilhou ao conquistar a Liga dos Campeões.
Jornais espanhóis destacam título do Atlético-MG (Foto: Reprodução)
Apesar de ter se consagrado na Catalunha, o camisa 10 do Galo também ganhou destaque nos jornais de Madri, como o "As", que frisou a conquista do "Mineiro de Ronaldinho" nos pênaltis.
O meia foi o assunto da manchete do inglês "Daily Mail", que chamou a atenção para o currículo do craque.
- Nos mostre suas medalhas! Ronaldinho adiciona a Copa Libertadores à Copa do Mundo, Champions League e 29 títulos individuais.
A "Gazzeta dello Sport", da Itália, onde Ronaldinho atuou com a camisa do Milan, destacou uma declaração do jogador.
- Ronaldinho rei da Libertadores. 'Viram que não estava acabado?'.
Ronaldinho: destaque na imprensa da Itália e da Inglaterra (Foto: Reprodução)
O inédito título do Atlético-MG na Taça Libertadores ganhou destaque em boa parte da imprensa esportiva internacional. E o personagem escolhido para as manchetes de sites de todo o mundo foi Ronaldinho Gaúcho, que adicionou uma nova conquista a seu vasto currículo.
- Ronaldinho faz história com o Mineiro - destacou sobre o Atlético-MG o "Mundo Deportivo", de Barcelona, onde o brasileiro brilhou ao conquistar a Liga dos Campeões.
Jornais espanhóis destacam título do Atlético-MG (Foto: Reprodução)
Apesar de ter se consagrado na Catalunha, o camisa 10 do Galo também ganhou destaque nos jornais de Madri, como o "As", que frisou a conquista do "Mineiro de Ronaldinho" nos pênaltis.
O meia foi o assunto da manchete do inglês "Daily Mail", que chamou a atenção para o currículo do craque.
- Nos mostre suas medalhas! Ronaldinho adiciona a Copa Libertadores à Copa do Mundo, Champions League e 29 títulos individuais.
A "Gazzeta dello Sport", da Itália, onde Ronaldinho atuou com a camisa do Milan, destacou uma declaração do jogador.
- Ronaldinho rei da Libertadores. 'Viram que não estava acabado?'.
Ronaldinho: destaque na imprensa da Itália e da Inglaterra (Foto: Reprodução)
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Ministério Público pede bloqueio de bens de Lula
O Ministério Público Federal (MPF) de Brasília pediu à justiça o bloqueio dos bens do ex-presidente Lula da Silva, a quem acusa de improbidade administrativa por ter usado verba pública com claro intento de promoção pessoal.
Ministério Público Federal de Brasília pediu à justiça o
bloqueio dos bens do ex-presidente Lula da Silva, a quem
acusa de improbidade administrativa por ter usado verba
pública com claro intento de promoção pessoal
O bloqueio de bens tem como finalidade garantir a devolução aos cofres públicos de quatro milhões de euros que Lula, segundo o MPF, usou indevidamente.
A acção interposta pelo MPF refere-se ao gasto desses quatro milhões de euros com a impressão e o envio pelo correio de mais de dez milhões de cartas enviadas pela Segurança Social a reformados entre Outubro e Dezembro de 2004, segundo ano do primeiro mandato de Lula.
A missiva avisava os reformados que um convénio estabelecido entre a Segurança Social e o até então desconhecido Banco BMG lhes permitia a partir de então pedirem empréstimos a juros baixos e sem qualquer burocracia àquela instituição bancária, com o desconto das parcelas sendo feito directamente nas reformas.
Até aí não haveria problema, não fossem dois detalhes, que chamaram a atenção dos promotores. O BMG, único banco privado a ser autorizado na altura a realizar esse tipo de empréstimo, conseguiu a autorização em menos de duas semanas, quando o normal seriam vários meses, e as cartas, simples correspondência informativa, eram assinadas por ninguém menos que o próprio presidente da República, algo nada comum para esse tipo de aviso.
Para o Ministério Público, não há dúvida de que Lula e o então ministro da Segurança Social, Amir Lando, que também assinou as cartas e é igualmente acusado na acção, usaram a correspondência para obterem promoção pessoal e lucro político e que a acção do presidente da República favoreceu a extrema rapidez com que o BMG conseguiu autorização para operar o negócio, desrespeitando as normas do mercado. A 13.ª Vara Federal, em Brasília, a quem a acção foi distribuída, ainda não se pronunciou sobre o pedido do MPF.
Lula com o Maior Comunista de todos os Tempos.( Fidel Castro).
Ex Presisente Lula ( Foto: google.com)
Ministério Público Federal de Brasília pediu à justiça o
bloqueio dos bens do ex-presidente Lula da Silva, a quem
acusa de improbidade administrativa por ter usado verba
pública com claro intento de promoção pessoal
O bloqueio de bens tem como finalidade garantir a devolução aos cofres públicos de quatro milhões de euros que Lula, segundo o MPF, usou indevidamente.
A acção interposta pelo MPF refere-se ao gasto desses quatro milhões de euros com a impressão e o envio pelo correio de mais de dez milhões de cartas enviadas pela Segurança Social a reformados entre Outubro e Dezembro de 2004, segundo ano do primeiro mandato de Lula.
A missiva avisava os reformados que um convénio estabelecido entre a Segurança Social e o até então desconhecido Banco BMG lhes permitia a partir de então pedirem empréstimos a juros baixos e sem qualquer burocracia àquela instituição bancária, com o desconto das parcelas sendo feito directamente nas reformas.
Até aí não haveria problema, não fossem dois detalhes, que chamaram a atenção dos promotores. O BMG, único banco privado a ser autorizado na altura a realizar esse tipo de empréstimo, conseguiu a autorização em menos de duas semanas, quando o normal seriam vários meses, e as cartas, simples correspondência informativa, eram assinadas por ninguém menos que o próprio presidente da República, algo nada comum para esse tipo de aviso.
Para o Ministério Público, não há dúvida de que Lula e o então ministro da Segurança Social, Amir Lando, que também assinou as cartas e é igualmente acusado na acção, usaram a correspondência para obterem promoção pessoal e lucro político e que a acção do presidente da República favoreceu a extrema rapidez com que o BMG conseguiu autorização para operar o negócio, desrespeitando as normas do mercado. A 13.ª Vara Federal, em Brasília, a quem a acção foi distribuída, ainda não se pronunciou sobre o pedido do MPF.
Lula com o Maior Comunista de todos os Tempos.( Fidel Castro).
Ex Presisente Lula ( Foto: google.com)
terça-feira, 23 de julho de 2013
Bebê real aparece em público pela primeira vez em Londres
William e Kate deixaram hospital com seu primogênito nesta terça (23).
Pai disse que bebê, ainda sem nome, 'por sorte, se parece com a mãe'.
O bebê real, filho do Príncipe William e de Kate Middleton, a duquesa de Cambridge, fez nesta terça-feira (23) sua primeira aparição pública em Londres.
A família saiu do hospital com o bebê pouco depois das 18h locais, para a tradicional apresentação do possível futuro rei ao público e à imprensa.
O menino, nascido na véspera no hospital St. Mary, tornou-se o terceiro na linha de sucessão do trono britânico, atrás do avô, Charles, e do próprio pai, William.
Veja como fica a linha de sucessão à Coroa britânica.
Os dois novos pais, que receberam a visita dos quatro avós maternos e paternos à tarde, reeditaram o gesto de Charles e Diana, que haviam apresentado seu primeiro filho, o príncipe William, exatamente no mesmo local, há trinta anos.
Após exibirem o pequeno príncipe de Cambridge para os fotógrafos, o Príncipe William disse que o casal ainda está "se decidindo" sobre o nome do bebê.
Nas casas britânicas de aposta, os nomes favoritos são George e James.
'Parece com ela, por sorte'
"É um bebê grande, pesa bastante e já tem mais cabelo que eu", disse. "Parece com ela, por sorte."
Sorridente e brincalhão, de camisa azul clara, ele afirmou que o casal está "muito emocionado" com o nascimento do bebê e brincou sobre o choro do futuro rei:
"Ele tem um bom par de pulmões, isso é certo", disse.
'Momento especial'
A duquesa de Cambridge, com um vestido azul de bolinhas, sorriu e acenou para a multidão entusiasmada, segurando seu filho, envolto em um manto branco.
"É um momento especial", disse Kate. "Creio que qualquer pai de primeira viagem sabe o que se sente."
Depois, ela passou o bebê para o marido.
Após a apresentação, o casal voltou ao hospital, e logo em seguida partiu, de carro, para o Palácio de Kensington, sua residência oficial londrina.
O bebê foi colocado em uma cadeirinha especial, na parte de trás do carro.
Close do rosto do bebê real (Foto: Peter Macdiarmid/Getty Images)
Visitas familiares
Pouco antes da saída do casal e do bebê, estiveram no hospital o pai de William, Príncipe Charles, e sua madrasta, Camilla Parker-Bowles.
Antes, os pais de Kate estiveram no local.
O nascimento do bebê, ocorrido na véspera, foi bastante celebrado no país.
Filho de Kate e William deixa o hospital nesta terça (Foto: John Stillwell/AFP)
William carrega seu filho para dentro do carro ao deixar o hospital (Foto: Carl Court/AFP)
William e Kate sorriem ao apresentar seu filho para a imprensa (Foto: Lefteris Pitarakis/AP)
Kate passa o filho para as mãos de William (Foto: Stefan Wermuth/Reuters)
Pai disse que bebê, ainda sem nome, 'por sorte, se parece com a mãe'.
O bebê real, filho do Príncipe William e de Kate Middleton, a duquesa de Cambridge, fez nesta terça-feira (23) sua primeira aparição pública em Londres.
A família saiu do hospital com o bebê pouco depois das 18h locais, para a tradicional apresentação do possível futuro rei ao público e à imprensa.
O menino, nascido na véspera no hospital St. Mary, tornou-se o terceiro na linha de sucessão do trono britânico, atrás do avô, Charles, e do próprio pai, William.
Veja como fica a linha de sucessão à Coroa britânica.
Os dois novos pais, que receberam a visita dos quatro avós maternos e paternos à tarde, reeditaram o gesto de Charles e Diana, que haviam apresentado seu primeiro filho, o príncipe William, exatamente no mesmo local, há trinta anos.
Após exibirem o pequeno príncipe de Cambridge para os fotógrafos, o Príncipe William disse que o casal ainda está "se decidindo" sobre o nome do bebê.
Nas casas britânicas de aposta, os nomes favoritos são George e James.
'Parece com ela, por sorte'
"É um bebê grande, pesa bastante e já tem mais cabelo que eu", disse. "Parece com ela, por sorte."
Sorridente e brincalhão, de camisa azul clara, ele afirmou que o casal está "muito emocionado" com o nascimento do bebê e brincou sobre o choro do futuro rei:
"Ele tem um bom par de pulmões, isso é certo", disse.
'Momento especial'
A duquesa de Cambridge, com um vestido azul de bolinhas, sorriu e acenou para a multidão entusiasmada, segurando seu filho, envolto em um manto branco.
"É um momento especial", disse Kate. "Creio que qualquer pai de primeira viagem sabe o que se sente."
Depois, ela passou o bebê para o marido.
Após a apresentação, o casal voltou ao hospital, e logo em seguida partiu, de carro, para o Palácio de Kensington, sua residência oficial londrina.
O bebê foi colocado em uma cadeirinha especial, na parte de trás do carro.
Close do rosto do bebê real (Foto: Peter Macdiarmid/Getty Images)
Visitas familiares
Pouco antes da saída do casal e do bebê, estiveram no hospital o pai de William, Príncipe Charles, e sua madrasta, Camilla Parker-Bowles.
Antes, os pais de Kate estiveram no local.
O nascimento do bebê, ocorrido na véspera, foi bastante celebrado no país.
Filho de Kate e William deixa o hospital nesta terça (Foto: John Stillwell/AFP)
William carrega seu filho para dentro do carro ao deixar o hospital (Foto: Carl Court/AFP)
William e Kate sorriem ao apresentar seu filho para a imprensa (Foto: Lefteris Pitarakis/AP)
Kate passa o filho para as mãos de William (Foto: Stefan Wermuth/Reuters)
Neve atinge mais de 80 cidades do Sul do país e fecha rodovias e escolas
Onda de frio é a mais prolongada desde julho de 2000, segundo Inmet.
Temperaturas também caíram no Centro-Oeste e em 2 estados do Norte.
Temperaturas também caíram no Centro-Oeste e em 2 estados do Norte.
A massa de ar polar que passou pela Argentina antes de chegar ao Brasil, no fim da semana passado, fez nevar em ao menos 87 cidades do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul nesta segunda (22) e terça-feira (23). A onda de frio, que atinge Sul, Sudeste, Centro-Oeste e até dois estados do Norte do país (Acre e Rondônia), é a mais prolongada dos últimos 13 anos, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
De acordo com a meteorologista Lucia Gularte, do Inmet, só em julho do ano 2000 houve temperaturas tão baixas registradas por tantos dias consecutivos.
"Foram 17 dias ao todo. Agora, já estamos há 7 dias com temperaturas abaixo de zero, e certamente isso vai continuar até sexta-feira, o que deve atrapalhar muito a agricultura, principalmente plantações de citrus e alface, além de trazer problemas de saúde", diz.
Entre os locais atingidos pela neve, estão a região metropolitana de duas capitais: Curitiba e Florianópolis. Em Curitiba, o registro de neve feito nesta terça pelo Instituto Meteorológico Simepar é o primeiro desde 1975. Flocos de neve e chuva congelada foram vistos em vários bairros da capital paranaense, além de cidades como Araucária, Campo Largo, Lapa e São José dos Pinhais, incluindo o Aeroporto Internacional Afonso Pena.
Já em Santa Catarina, a Epagri/Ciram registrou neve na região do Morro do Cambirela, em Palhoça, na Grande Florianópolis. É a primeira ocorrência do tipo em 29 anos, vista também em outras cidades da região metropolitana, como Alfredo Wagner, Angelina e Rancho Queimado, e várias partes do estado. Ao todo, pelo menos 57 cidades catarinenses tiveram neve. Até as 6h30 desta terça, a menor temperatura havia sido em Bom Jardim da Serra, na região serrana, com -7° C. Em São Joaquim, na mesma região, fez -4° C, o que deixou árvores congeladas. Interdição de rodovias e aula cancelada
A neve no Sul do país também chegou a interditar rodovias federais (BR-116, BR-280 e BR-282) e estaduais (SC-350, SC-390 e SC-280) em Santa Catarina, por causa do acúmulo de gelo na pista. Os trechos bloqueados das estradas começaram a ser liberados na manhã desta terça.
Além disso, a neve e o frio extremo provocaram o cancelamento de aulas em São Joaquim. Um morador de rua chegou a morrer em Biguaçu, na Grande Florianópolis, em decorrência do frio. E duas cidades do estado – São Joaquim e São José, na Grande Florianópolis – estão em situação de emergência para compra de cobertores e mantimentos às famílias mais pobres.
No Paraná, a pista escorregadia causou nesta segunda um acidente entre um carro e um caminhão na BR-277, deixando duas pessoas mortas e três feridas. A rodovia foi bloqueada por volta da meia-noite, entre os km 302 e 388. Em Guarapuava, os telhados de uma loja e de um ginásio de esportes desmoronaram por causa do peso na neve. Apesar do susto, ninguém se feriu.
No Rio Grande do Sul, até as 12h desta terça, não havia informações sobre incidentes ou bloqueio de rodovias por causa da neve.
Neve no sul do PR é rara
De acordo com o meteorologista Marcelo Schneider, do Inmet, a neve que atinge Santa Catarina e o Paraná é uma das maiores em décadas. Em algumas cidades, como Curitiba, a última ocorrência havia sido há 38 anos.
"O acúmulo de neve no sul do Paraná também é raro. E o que chama a atenção é a duração dos dias frios, a permanência do ar polar e a neve, e não as temperaturas mínimas absolutas", explica Schneider.
Para o meteorologista Henri Rossi Pinheiro, do Inpe, em 2010 e 2011 houve muito mais neve nas serras gaúcha e catarinense. Por outro lado, desta vez nevou muito em Guarapuava, no Paraná, como não nevava há 50 anos.
Frio no Centro-Oeste e Norte
Segundo Pinheiro, essa foi a onda de frio mais intensa do ano, e não deve ter outra massa assim até dezembro.
"Essa massa provocou 14° C em Rio Branco, no Acre, e chegou até o Espírito Santo. A partir de sexta, o ar frio deve começar a perder intensidade e se deslocar em direção ao oceano. Aí o país deve sofrer um leve aumento nos termômetros", explica o meteorologista.
Schneider, do Inmet, também destaca a situação no Centro-Oeste, onde predomina o clima quente e seco. "Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, registramos 4,6° C, com sensação térmica de 0° C, e Cuiabá chegou a 9° C, com sensação de 4° C, por causa do vento", ressalta.
Em São Paulo, a menor mínima do ano foi registrada pelo Inmet nesta terça, no Mirante de Santana, Zona Norte da capital: 9,2° C. O recorde anterior de 2013 havia sido obtido no dia 9 de maio: 10,2° C. A menor temperatura já registrada na cidade foi em 1955: -2,1° C.
"Em pleno inverno, São Paulo ainda não havia baixado dos 10° C. E, em 70 anos, isso só ocorreu cinco vezes aqui. A sensação térmica chegou a 6° C", diz Schneider. E o que chama a atenção são as temperaturas máximas baixas, em torno de 11° C entre esta terça e quarta.
Nos próximos dias, até sexta (26), ainda pode gear nos três estados do Sul, com previsão de chuvas isoladas. Neve mesmo só deve cair ainda nesta terça – a partir desta quarta (24), fica mais improvável. As temperaturas mínimas para o RS nesta quarta devem girar em torno de -6° C; -7° C em SC; e -5° C no PR. A sensação térmica menor vai depender de outros fatores, como vento e umidade, apontam o Inmet e o Inp
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