Um balanço dos preços abusivos de produtos triviais no rio, das explicações de quem os vende e de como o carioca dribla esta alta
RIO - O caju não é mais o amigo de outrora. O brasileiríssimo fruto com dez centímetros de pura suculência está custando R$ 5 — a unidade.
— É que o caju vem de avião lá do Piauí. Além do frete ser caro, trata-se de uma fruta delicada, correndo-se o risco de parte do lote ser perdida na viagem — justifica-se Osvaldo Rodrigues Meira, diante de uma freguesa de pé em frente à sua barraca, na Cobal do Leblon.
Mas não é só pelos R$ 5. Além de frutas tropicais, outros itens da “cesta básica” carioca — definida nesta reportagem como um conjunto de produtos triviais consumidos no dia a dia, que podem ser encontrados em diferentes lugares da cidade — andam custando pequenas fortunas. É o tipo de coisa que não dá nem para botar a culpa na alta do dólar: água de coco a R$ 7, sorvete de casquinha a R$ 11, frango de padaria a R$ 29, Havaianas a R$ 38,80, biquíni a R$ 460.
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