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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Show de Alonso

Fernando Alonso
Um desempenho digno de um gênio da Fórmula 1. A vitória de Fernando Alonso no GP da China, disputado neste domingo no Circuito Internacional de Xangai, foi uma daquelas com potencial para se tornar inesquecível. O espanhol foi agressivo no início ao atacar o pole position Lewis Hamilton, da Mercedes, e assumir a ponta. Depois, soube lidar com o problema do graining nos pneus médios e não perdeu desempenho. Além disso, tirou tudo o que podia do F138. O espanhol da Ferrari venceu com uma vantagem de mais de dez segundos para Kimi Raikkonen, da Lotus, o segundo colocado. Em uma temporada tão equilibrada neste início, com três vencedores diferentes, é um triunfo para ser muito celebrado. E que coloca Alonso na briga direta pelo título.

Já Felipe Massa, seu companheiro de Ferrari, teve de se contentar apenas com a sexta posição na corrida. O brasileiro fez seu pit stop uma volta depois de Alonso no início, quando estava em segundo, e perdeu um tempo precioso. Tudo bem que a estratégia escolhida por Rob Smedley, engenheiro de Massa, não foi das melhores. Mas o problema mesmo foi o graining. Ao contrário de Alonso, ele não conseguiu extrair tudo do carro e perdeu rendimento nas primeiras voltas dos dois jogos de pneus médios que usou na corrida. Claro que pontuar em todas as corridas é importante, mas ficou um gosto amargo para Felipe. A meta agora é trabalhar com seus engenheiros para minimizar os problemas em ritmo de corrida, já que nos treinos ele tem andado bem.
Ultrapassagem de Fernando Alonso e Felipe Massa sobre Lewis Hamilton

Pole position e favorito à vitória, Lewis Hamilton não teve o mesmo desempenho na corrida após ser muito rápido nos treinos. A Mercedes tem um carro muito rápido, bem melhor que o do ano passado, mas que ainda carece de algumas evoluções para brigar de igual para igual com Ferrari, RBR e Lotus. O GP da China pode ser um divisor de águas para a equipe alemã. Se no ano passado a vitória de Nico Rosberg no próprio GP da China foi ilusória e o campeonato terminou de uma forma melancólica para a Mercedes, neste ano o pódio de Hamilton significa um real crescimento. Entretanto, o time não pode perder a mão do desenvolvimento do carro. Se continuar nessa marcha, seus dois pilotos podem incomodar os favoritos ao título de 2013.

E a RBR decepcionou após um fim de semana de muito domínio na Malásia. Na China, seus carros sofreram para ficar entre os melhores desde o primeiro dia de treinos. E alguns erros acabaram manchando o desempenho da equipe austríaca em Xangai. Na classificação, Mark Webber parou sem combustível no Q2 e acabou jogado para o fim do grid, punido. Na corrida, a equipe errou em seu pit stop e o deixou com a roda traseira direita solta. Com Sebastian Vettel, a tática escolhida acabou sendo muito ruim. O time abriu mão de que o alemão marcasse tempo na superpole. Ele largou em nono e deixou para usar os pneus macios no fim. Isso tirou as chances de pódio do atual tricampeão da Fórmula 1, que foi o quarto.
Sebastian Vettel


A Lotus colocou mais uma vez seus dois pilotos entre os dez primeiros. E poderia até ter vencido a corrida não fosse a péssima largada de Kimi Raikkonen. O atraso na primeira volta foi decisivo na corrida do finlandês, que teve de se recuperar e fazer várias ultrapassagens. Em uma delas, quase acabou fora da prova ao ser fechado por Sergio Pérez, da McLaren. O segundo lugar, mais de dez segundos atrás de Fernando Alonso, acabou ficando de bom tamanho para o time, que tem um carro que economiza bem os pneus, mas ainda precisa de mais velocidade em algumas situações. E Romain Grosjean também precisa melhorar. Nono colocado na corrida em Xangai, está sendo completamente superado por Raikkonen neste início de temporada.

Após duas corridas muito complicadas, Jenson Button conseguiu iniciar uma reação com a McLaren. Com uma tática diferente, de apenas uma parada, o inglês esteve sempre entre os primeiros colocados, embora longe de lutar pela vitória. O quinto lugar acabou sendo uma boa recompensa para o esforço do campeão de 2009, que luta contra um carro mal-nascido e que só deve ter desenvolvimentos significativos no início da temporada europeia, o GP da Espanha, em Barcelona, no início de maio. Já Sergio Pérez continua em seu inferno astral. Fez uma péssima corrida, quase causou um acidente com Raikkonen ao fechar o finlandês e teve de se contentar apenas com a 11ª posição. A pressão sobre o mexicano tido como prodígio aumenta cada vez mais.
Jenson Button

Entre as equipes menores, o desempenho de alguns pilotos tem chamado bastante a atenção neste início de temporada. O australiano Daniel Ricciardo, da STR, classificou-se entre os dez na China e chegou em sétimo. O alemão Nico Hulkenberg, da Sauber, esteve entre os primeiros na Malásia e repetiu a dose na China com a décima posição. Tem dado um banho em seu companheiro, o mexicano Esteban Gutiérrez (já chamado de GutiERROS à boca pequena). E o francês Jules Bianchi, da Marussia, tem demonstrado valor mesmo em um carro sem boas condições. Ele é, até agora, o melhor dos times nanicos e tem ameaçado os carros da Williams.

FONTE: GLOBOESPORTE.COM.BR





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